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Carioca, 25 Anos, Flamenguista, Engenheira Agrícola feliz e mal remunerada pela UFRRJ, recalcada por não cursar Arquitetura, Cantora frustrada, obsessiva e compulsiva musical, Perfeccionista, exagerada, aspirante à escritora ocasional em momentos de distúrbios e crises emocionais. Romântica nas horas vagas e irônica a qualquer hora, tem mania de hipérbole, e terceira pessoa.

sábado, 23 de outubro de 2010

. Universitárias.

- Alô, mãe?
- Oi, como você tá, minha filha?
- Tô indo.
- Indo? Indo pro estágio?

- Não, mãe. Não tô. Na verdade... Ah, vou contar logo. Eu saí do estágio. Saí, saí mesmo. E antes mandei aquele filho da puta, do meu orientador, tomar lá onde é mão única. Mentira, mãe. Mandei ele tomar no cu mesmo, enfiar o dedo e rasgar em cruz, porra 300 conto pra trabalhar igual uma corna. Eu sei mãe, eu sei que você disse pra eu ter paciência. Juro que tentei. Até tomei uns remédios tarja preta pra conseguir dormir, me acalmar, mas não funcionou. Aí eu fui pro mazinho mesmo e tomei um porre da pinga mais barata que ele tinha (Naja) pra tentar esquecer. É mãe, eu bebo, e porra, eu bebo pra caralho!!! Putz, foi mal mãe, eu também falo palavrão de vez enquando.  Aí mãe, me desculpa, mas eu fumei maconha, fumei mesmo, deu uma onda do cacete. Mas fica tranquila que eu não comprei não. O Gustavo, o namorado que você adorava tanto, ele conhece uns caras lá do alojamento que tinham uma estufa e... ah, deixa pra lá, eu terminei com ele mesmo. Quer dizer, ele me pegou com o Vinícius. É mãe, pegou a gente lá em casa, fazendo um movimento. O pior é que minha menstruação tá atrasada uns 5 dias. Enfim, mãe, é isso aí. Não sou virgem, não sou santa, posso estar grávida do Gustavo, ou do Vinícius (maldita hora que fui esquecer o anticoncepcional), gostei de fumar maconha,  saio todo dia pra beber com meus amigos, volto muito bêbada pra casa(isso quando quando eu durmo em casa neh?), e ainda por cima, perdi a porra da bolsa de iniciação e tô desempregada. Ah, não esquece de mandar o dinheiro do aluguel essa semana.
- Alô? Alô? Filha?
- Mãe?
- Oi, a ligação sumiu. Você disse alguma coisa?
- Disse. Disse que tá tudo ótimo e que vou pra casa nesse fim de semana, tá?
- Ótimo. Traz o Gustavo, viu? Um beijo, minha filha. Juízo.